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sexta-feira, março 31, 2006

Post das 14 h, junto com a sopa. O almoço...

Estou a preparar-me para comer a minha sopinha, hipervitaminosa, em casa. O almoço... Distraí-me e deixei aquecer demais. É crónico. Esta minha relação complicada no aquecimento da comida. Demanhã fui tratar da certidão de nascimento do Martim para fazer-lhe outro BI. Roubaram-me a mala por esticão, com a carteira e alguns (muitos) cartões. Foi à cerca de um ano.
Este Verão vamos ter férias fora da variante Trancoso, Costa da Caparica ou Peniche. As chamadas férias triangulares dos Pêra. Este ano vão ser dez dias na Holanda. All over. E o resto Assenta, perto da Ericeira. Se o Sócras pode "feriar" nós também podemos e merecemos!
Claro que teve "uma certa" influência na decidão da família terem-nos oferecido a viagem. E termos dois amigos a viver em Amsterdão e Roterdão, também ajudou.
Quanto à Assenta vamos encostar-nos simpáticamente à minha irmã e cunhado e fazermo-nos convidados. Here we are!
Já salivo só de pensar no belo peixinho grelhado com sabor a Verão e muita saladinha, enquanto vou "colherando" a minha sopita. O almoço...
E, pronto!
A Graziela vai voltar em breve, depois de uma pausa para respirar a Primavera. Quem sabe os Pêra não passam em breve por Arouca, para beijá-la in loco. (Obrigada, minha querida, pelo renovado convite, tão amável!)
Logo vou jantar com o Pêra. O Martim vai pernoitar na avó Fáma. Nós vamos comemorar. É o nosso aniversário depois da meia-noite. Onze anos de vida em comum! Não é mentira, não! O "casamento" foi no dia 1 de Abril de 1995.
Bom fim-de-semana.

quinta-feira, março 30, 2006

Lamento

Hoje vou escrever aqui apenas um lamento. Está a apetecer-me. Lamento que algumas pessoas acabem com a actividade bloguistica e lamento ter de perder a companhia de blogues que quase fazem parte da minha vida. Primeiro foi o quemescreveescreve-se.blogspot.com, da Maria. Depois foi o cagafogo.blogspot.com, de um jovem muito talentoso que óbviamente não revelo o nome, porque ele nunca o fez públicamente. Agora a Graziela do ontemhoje.blogspot.com, que tive o enorme prazer de conhecer pessoalmente e que acho que é daquelas pessoas que é impossível não gostar. E que escrevia apenas o meu blogue favorito. Tinha sempre coisas novas a dizer. Coisas de ontem, de hoje, de sempre...
Hoje estou triste e lamento abandonos que me deixam mais pobre. Lamento... Lamento...

quarta-feira, março 29, 2006

Gabriel que é Gabriel, é sempre Alves!

... por banda...
... isso é que qualifica o jogo...
... flanquear o jogo pela direita...
... é muito exibicionista este árbitro inglês...
... é muito gestual...
... um especialista...
... exactamente, a bola passou muito próxima, aliás a repetição vai-nos dar isso!
... imediatamente dá início a uma jogada de ataque...
... desapareceu practicamente...
... frieza, espírito de luta...

Ontem, foi fantástico constatar que o G.A. continua em grande forma a fazer uso da linguagem, com a sua criteriosa escolha de palavras!

E o jogo? De nervos, com futebol à mistura. Uma arbitragem para esquecer. Comi o verniz, roí as unhas todas, fumei 723 cigarros, hoje estou uma desgraça... Que ansiedade!

O Martim foi para a cama no intervalo, triste pela falta de golos. Tinha-se preparado, estava em estado de alerta total, para ir à janela da cozinha gritar para o largo. Vai ter de esperar pela ida a Barcelona. Ninguém pára o Benfica! Digo eu, claro, ainda com os efluvios da bejeca ingerida a circular na corrente.

Depois do jogo o Vitor Pêra foi deitar-se e fui buscar uns cêdêzitos para ouvir e dar mais umas "borradelas" na tela. Continua inacabada. A caminhar. A fazer-se.

O super-incrível-pai-Pêra disse pela manhã que lhe tirei luz. Sorri e lancei o habitual "está inacabada". Interessa é o resultado final, estou a ficar possuída pelo Gabriel, flanquear o quadro pela direita e pela esquerda, atacar o meio-campo, dissipar pelo centro... Só acaba quando "o artista" sente que meteu golo!

terça-feira, março 28, 2006

São papoilas saltitantes!



Desculpem lá mas eu tenho andado aqui muito contida, a disfarçar, não referindo, nem religião, nem cor partidária ou clubística, mas tenho aqui um friozinho e um nervoso miúdinho desde que acordei que se não escarrapacho já, imediatamente, aqui, duas fotografias lindas e maravilhosas, quase poesia, o dia custa-me mais ainda a passar.

Confesso que quando jovem era fanática do SLB, o Glorioso. Fui sócia e tudo. À séria. Ia quase a todos os jogos. Depois deixei de pagar as quotas mas ia na mesma com quotas de amigos no meu cartão. Na confusão ninguém reparava no mês ou no número de sócio. Cheguei a entrar com outros cartões. De gajas loiras. Tão parecidas comigo como eu com elas. Tal e qual! Era um amigo dos Diabos Vermelhos que entrava arranjava uns cartões que nos passava. O pior era que tinhamos de ir para junto da claque. Era uma confusão. Só fumos, foguetes e afins. Uma vez saimos de lá com os casacos todos queimados.
Com a passagem do tempo vieram outras prioridades e responsabilidades. Já não vou ao futebol há uma década. Lamentavelmente ainda não entrei no "meu" estádio novo. Lá em casa o super-pai-incrível-herói-Pêra é do Sporting e eu e o filho do Benfica. Hoje vamos todos vibrar, pela televisão, e esperar uma vitória. Como diz Martim Pêra: vitória, vitória, acabou-se a história. E como diz a alcateia: ATACAR!

Ser benfiquista (Luís Piçarra):

«Sou do Benfica
E isso me envaidece
Tenho a genica
Que a qualquer engrandece
Sou de um clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal.

Ser Benfiquista
É ter na alma a chama imensa
Que nos conquista
E leva à palma a luz intensa
Do sol que lá no céu
Risonho vem beijar
Com orgulho muito seu
As camisolas berrantes
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.»

segunda-feira, março 27, 2006

Bloguices cremosas



Deixei os postes em casa, feitos no fim-de-semana. Correu tudo bem, maravilhosamente. O lobito ontem é que estava com uma pedalada... Foi com a alcateia para a Gulbenkian e vinha "possesso", literalmente. Raios partam os miúdos, sempre cheios de energia! Já não tenho vida para tanto! Eu e o pai podres, a suspirar pela palha, e o gajo sempre a dar-lhe...

Hoje não teve escola. Almoçou em casa comigo. Preparei-lhe a mochila. Levou o restinho dos TPC para acabar e foi para a escola onde a tia lecciona.

Agora estou na hora do lanche. Um belo iogurte batido com pedaços de laranja e ananás. Uhm, está tãoooooo boooom! Não me pagam para isto mas hão-de experimentar estes iogurtes. São fantásticos! Pena é que não se encontrem em todo o lado. Deve ter a ver com o monopólio das danones e afins. Este é verdadeiramente português!

E como tudo o que é bom também o lanche chegou ao fim. Depois do belo iogurte a bela cigarrada. Eu sei que tenho de largar este vicío horroroso e até já ando numa grande prospecção, junto de pessoas que conseguiram deixar de fumar, e descobri que o melhor método é a força de vontade. Quais ansiolíticos, quais adesivos, quais pastilhas de nicotina! A única coisa que funciona é de borla e está em nós... Só me falta marcar o dia. Nesse dia deixo esta porcaria, de vez!

Segunda-feira, ao som dos Clã


O Sopro do Coração
Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (porque não)
porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor Mero gozo
Sorvedouro caprichoso
No sopro do coração...
No sopro do coração...
Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
corpo num turbilhão
Sopra doido
E o que foi
do corpo alado
nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras
Corto em dois limão
Chego o ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho
No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele É bem isso
E apesar disso eriça a pele
O sopro do coração...
O sopro do coração...
Letra de Sérgio Godinho e música dos Clã.

sexta-feira, março 24, 2006

Around the world

Hoje é um dia bom. Para além da óbvia aproximação do fim-de-semana, as coisas correm de feição.
O dia começou às sete da manhã. Tive de acompanhar o Martim à escola porque não tem tido aulas, mas felizmente hoje a professora regressou.
Ontem ligou-me a avó de um colega do ATL, de quem o lobito gosta muito. Eu escrevi uma carta à senhora a convidar o neto para passar um dia connosco e ela ligou-me, muito simpática, a combinar. Vai ser bom porque o Martim não tem sempre com quem brincar (não nos dá descanso!) e o amigo tem um passado familiar pesado, portanto, repito, vai ser muito bom para os dois.
Eu adoro crianças. Por mim tinha tido meia dúzia ou mais, mas a vida não me tem permitido realizar este sonho. Há que ter alguma consciência e não ser egoísta, não adianta procriar e não ter tempo ou condições para depois educar convenientemente uma criança.
Cresci numa casa sempre cheia de crianças, apesar de só ter uma irmã e ainda por cima mais velha que eu oito anos. Mas habituei-me a partilhar o espaço e as minhas coisas com os outros e fui educada pela Lila, porque a mãe trabalhava, com os seus três filhos, que considero quase irmãos. Fora os primos, amigos, os filhos das amigas da mãe e outras crianças que a minha irmã acabava por tomar conta quando era preciso.
Hoje estou assim, feliz... Tanto que estou a deixar-me levar por estas recordações boas e a partilha-las aqui: que se lixe, hoje estou feliz.
Não há maior felicidade do que aquela que vem de amar e ser amado. A família é muito importante para mim. E hoje é um dia feliz. Porque os tenho e porque eles sabem que me têm. Porque temos saúde. Porque sabemos rir e gostamos de o fazer. Juntos. Hoje estou feliz.
Ouço Californication, dos Red Hot Chili Peppers, de 1999. Pode ser que o Pêra me convide para o Rock in Rio, já lhe pedi. Gostava de ver Red Hot. Este Californication acompanhou-me num periodo complicado em 2000. Parece tão longínquo agora. Hoje estou feliz. E amanhã ainda vou estar mais.

Bom fim-de-semana.

quinta-feira, março 23, 2006

Miaúfa

O Irineu vivia com medo. Um medo avassalador de tudo e de nada, que cresceu desmesuradamente até ocupar todo o seu espaço interior.
Irineu acabou por vergar com o peso daquele medo estranho que não pediu nem quis mas acabou por aceitar e deixou-se dominar.
O Irineu não sai de casa. Vive pela internet. Faz as suas compras, recebe o trabalho e envia-o à editora, que lhe paga as traduções de inglês e francês. Fala pelo telefone com a família e oa amigos. Quando está doente recebe o seu médico em casa.
Irineu sabe quando surgiu a sua negação mas não percebe porquê. Só sabe que já correu muito mundo, viveu intensamente e que, de repente, apetece-lhe, só, ficar assim; evasivo...


A agorafobia é uma perturbação angustiante e relativamente vulgar que se caracteriza pelo medo de sair fora de casa, especialmente quando se vai só. São correntes nestas pessoas traços neuróticos, em especial dependência e ansiedade de origem sexual, ao contrário do que se observa nas pessoas com fobias definidas.

quarta-feira, março 22, 2006

Sem ressaca, comó Bólice (aosolestabem.blogspot.com)

Ontem à noite bebi um vinhito tinto alentejano com o meu Pêrita. Estava mesmo a precisar daqueles eflúvios da bela uva lusitana para libertar a criatividade. Os homens foram-se deitar e fiquei a pintar e a ouvir o Caetano Veloso, numas versões de êxitos dos outros, fartei-me de rir com o gajo a cantar nirvana. Não percebo porque é que os brasileiros são tão patéticos a falar inglês. Nós devemos ser dos povos que melhor aprende e fala outras línguas. Excepto o Dr. Mário Soares a aldrabar em francês. Mas onde é que eu estava? No vinho? Nas telas. Estive até às duas e tal da manhã, não sei muito bem porque não uso relógio e os de casa cada um sua sentença. Um está regulado para atrasados. Outro com o fuso horário descoordenado. Mas onde é que eu estava? No vinho? Nas telas! Pela manhã o Pêra mais velho viu logo que tinha estado a escorropichar. Pincéis a secar na casa-de-banho. Telas a secar. Não gostou do que fiz. Relativizei. Disse-lhe o costume. "Estão inacabadas". Sendo assim, respondeu. Fui convidade, junto com o chefe índio para contribuir com uma tela, para uma exposição num hospital da capital para celebrar o aniversário de um serviço de referência na àrea. Vai ser em Outubro, depois vos direi, porque devem ir e comprar, metade do valor é para o artista a outra metade para uma associação. Não tenho pintado nada desde a última encomenda já quase há um ano. Estou contente comigo por ter recomeçado. Prometi um quadro a minha amiga H. (sei que estás a ler, vês não me esqueci!), vai ser desta que o vou começar. Estou feliz. Não sei é bem se foi do vinho ou das telas. Das telas, definitivamente das telas!



A fotografia é de uma vaca campeã. Pensei que gostassem.Reparem bem na bicha. É lindona não é?

terça-feira, março 21, 2006

Dia Mundial da Floresta, da Poesia e da Sesta

" Poeta Castrado, Não! "
Serei tudo o que disserem por inveja ou negação:
Cabeçudo dromedário
Fogueira de exibição
Teorema corolário
Poema de mão em mão
Lãzudo publicitário
Malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

José Carlos Ary dos Santos, in "Obra Poética"


Gosto muito de poesia e respeito a floresta mas sinceramente adoro sestas, estou até a pensar aderir à Associação das Sestas, sou acérrima defensora das sestas e acho que cada local de trabalho deveria ter uma almofada por trabalhador: seriamos bem mais produtivos!

segunda-feira, março 20, 2006

A escrita é um labirinto

O objectivo será procurar uma saída ou a saída? Ou procuramos somente o caminho, que apenas no final se nos revelará certo ou errado?

Porque escrevemos? Para lutar contra o esquecimento? Ou para não perder a capacidade de lutar? É um lenitivo ou é libertador?

A escrita é uma construção, como um labirinto, cujas divisões, confusamente dispostas, dificultam, a quem esteja dentro dela, a acertar com a saída.

19 de Março de 2006


O Pai
O meu pai é maravilhoso, é do Sporting, o meu pai é o melhor do mundo. O meu pai é tão bom.
Do teu filho do Benfica Martim.
(Postal feito na escola)

Pai
Neste dia que é só teu
Eu quero ficar contigo
Para brincar ou conversar
Pois és o meu melhor amigo.
Do teu filho do Benfica Martim.
(Postal feito no ATL)


O Martim tem 7 anos. Apesar do grande amor que sente pelo pai, vejam bem como demarca a sua posição clubística. (Eu também gosto muito do encarnado e de águias!)

sexta-feira, março 17, 2006

Sexta-feira do meu contentamento

Hoje tudo vai deslizando calmamente, no seu devido lugar. O chefe índio voltou feliz, fez-lhe super-bem sair e rever os amigos flamengos. Estava todo contente, em casa, com a sua querida companheira. Gosto de os saber assim: bem!

A P. ligou-me. Passaram três semanas que a Bebé partiu. Apesar de estar a ser muito dificil ultrapassar a P. está melhor. Falamos e vamos ver-nos na segunda-feira. Dei-lhe algum tempo e espaço para viver o luto, em família, da sua forma. Agora é tempo de trazê-la de volta, da sua dor, e ajudá-la a continuar o caminho.

O Martim Pêra tem andado impossível, agressivo e sem pachorra para nós. Na quarta-feira tive de o pôr de castigo. Não consigo perceber o que se passa com ele. Não diz. Diz que está tudo bem. Começo a pensar que talvez sejam as hormonas já a percorrer o seu corpo, mas dou-me conta que é patetice pois o miúdo só faz oito anos em Maio. Não me vou preocupar muito, ele sabe perfeitamente que pode contar connosco, ninguém o ama mais que nós, ele sabe-o...

Hoje quero ir a casa dos Chichorro passar a noite. Tenho saudades deles. Não vejo a minha sobrinha há mais de um mês. Anda sempre a vadiar, ora com as amigas ora com o namorado.

O lobito no domingo tem uma actividade com os escoteiros e nós vamos ficar naquela mansidão morna que sabe bem.

Devemos acabar o domingo com a Alexandra e o António, para a segunda-feira não custar tanto.

Resumidamente é isto! A lua ainda está cheia. Eu estou com um dia a mais que ontem. O Vitor Pêra lá está a batalhar com a chata clientela da companhia de seguros. O Martim está no ATL a fazer os TPC e a prenda para o pai. Vou tomar um café. Vou fazer a ronda diária pelos meus blogues favoritos.

Bom fim-de-semana!




quinta-feira, março 16, 2006

Escorropichar



Gosto desta palavra! Há palavras de que gostamos mais e outras que nos são indiferentes. Adoro esta palavra! Significa esgotar; beber até às últimas gotas.

Acho que devemos escorropichar sempre, tudo, até à exaustão!

Energyze Yourself


Nada como começar o dia com um revigorante duche, escutando e mexendo ao som da música da "Mandona".

quarta-feira, março 15, 2006

Astenia Primaveril

Fotografia de JRGarcia Tenho andado com astenia Primaveril e hoje então tenho mesmo vontade é de nada fazer! Estou para aqui a escutar a música de "Thievery Corporation", que toca no excelente blogue allwaysandforever.blogspot.com, de António Stein.

Apetecia-me era ir para a palha, como diz a Alexandra. Pegar n' A Mancha Humana, que ando a ler, "mamar" umas passagens e zuca, cornos na palha a descansar...

Mas prometi a mim mesma fazer uma postinha por dia. Nem que seja para dizer nada. Também não é preciso ser sempre fantástica (ai o filho-da-mãe-do-ego!), às vezes posso ser apenas eu: simples e banal; Choninhas!

Os pézinhos não param de bater ao som da música enquanto os deditos martelam!
Daqui a pouco agarro mas é neles e faço-me à vida. Uma forma de acabar com a inércia é meter acção. Contrariar o corpo com a razão. Não sei se é verdade mas, pelo sim pelo não, rima.

Antes que diga mais disparates vou-me.

"Faz-te à vida", canta o meu filho todas as manhãs, desde que a Sic começou o tal programa da manhã e o deixou "agarrado", sem programação infantil para acompanhar o pequeno-almoço! Está sempre a reclamar, já lhe disse para se queixar a quem de direito: para mim é me igual!

E agora vou mesmo. Vou ingerir one coffe, por um bocado de cafeína a circular no sangue, a ver se arrebito!

... e fui...



terça-feira, março 14, 2006

Bem, se tem mesmo de ser... assim seja!

O Bólice obrigou-me, gentilmente, a responder a esta corrente:
- Passo a palavra à Xoninha do oManual dos oprimidos e fodidos, está feito.


Eu repliquei:
- Sou mesmo tosca! At last percebi: passas-te-me uma corrente? E eu quebro-a! Que se f... as paneleirices das p... das correntes. Sou anti-correntes-convicta!

Só vou mesmo seguir com esta treta porque o gajo telefonou a ameaçar-me! Tive medo. Tive muito medo! Seja. Também não dói muito e posso sempre inserir uma mentirinha piedosa...


- O que estava a fazer há 10 anos atrás?
A mudar de casa. A mudar de marido. A mudar de vida.

- O que estava a fazer o ano passado?
A minha memória recente é fraca!

- Cinco snacks que gosto:
Snack 1, snack 2, snack 3, snack 4 e snack 5
(Eu é mais é cozidos, feijoadas, bacalhoadas e bifaralhos!)

- Cinco músicas cuja letra conheço de cor:
Feira da Ladra, Espalhem a notícia, Arranja-me um emprego, Balada da Rita e 2º Andar Direito, todas do SG.

- Cinco coisas que faria se fosse milionária:
Não trabalhar X 5

- Cinco coisas que gosto de fazer:
Sexo, rir, comer, brincar, viajar.

- Cinco coisas que nunca voltaria a vestir/calçar:
A roupa que não me serve, os sapatos rotos, os fios dentais esgaçados, as camisolas tingidas e collants com malhas (esta foi dificil!).

- Cinco "brinquedos" favoritos:
Eu, o meu Pêra, as minhas telas em branco, a folha de papel e o meu filho. Todos por razões diferentes, claro.


E agora, agora, agora, tenho de passar a alguém. Passo à Anatema do voy-de-tapas e lavo daqui as minhas mãos! Uf, já está!

Exposição: De 16 de Março a 8 de Abril





Pela primeira a expôr na Palpura, Vera Pyrrait conta já com alguma experiência e qualidade no seu trabalho, que se baseia num regresso à infância numa técnica aplicada de acrílico, aguarela e colagens.

"Fragmentos"

... Fragmentos, diálogos, memórias, poesia num jogo de transformação... ... encontros , desejos, rios.. pontes... a alma transfigura-se numa jovem e eterna metamorfose... ... fragmentos do meu ser espalhados por entre as palavras, os gestos, numa linguagem que ousa ser cor, forma , matéria... ... histórias , pedaços de mim, emergência de criar,... vou sendo... ... ... a pintura acontece como um mergulho no meu próprio mar... mar, mar azul, mar mutante, água... quente envolvimento... tempero o meu corpo com sal, salpico com transparências os habitantes do meu imenso aquário de emoções, deslizo... ... reencontro o sorriso, aquele sorriso interior que alimenta o prazer do jogo da descoberta... ... e a minha alma criança agradece e cresce !

"Palpura", Paulo Alarcão Galeria de Arte

R.Alberto Villaverde Cabral, nº2, Loja A Encosta do Mosteiro, Restelo

segunda-feira, março 13, 2006

O calor



Ontem a Alexandra e o António vieram partilhar com os Pêra uma bela feijoada, à portuguesa concerteza. Bebemos um vinho tinto, criado e produzido pelo senhor Toninho, de Vila Nova de Foz Côa, maravilhoso, com uma graduação criminosa. Brindámos à amizade e ao amor! As crianças acompanharam com as suas coca-colas. Depois da mousse de manga acomodamo-nos todos no cinquecento ("granda" carro!) e fomos tomar um café. A seguir fomos até ao Parque do Dragão, em Alfragide, desfrutar os primeiros cheiros de Primavera.

O dia quente e a relva fresca convidavam ao desfrute de umas horas despreocupadas ao ar livre. Escarrapachamo-nos os três na relva a conversar enquanto o Martim e o António jogavam à bola com outras crianças. Falamos de tudo. Falamos de nada. Ficamos ali a gozar aquela intimidade saborosa, a sentir o sol.

Ao fim da tarde ainda tivemos outra visita em casa. O nosso querido Bólice (aosolestabem.blogspot.com) que apareceu com o filho. O Martim já não se lembrava do G. mas sentiu uma empatia muito grande por ele. Foram para o quarto brincar, com índios, coubóis e outros e acabaram aos tiros, armados até aos dentes, mas sem conflitos. Achei-os muito parecidos na forma de ser e estar. E gostei de os ver.

Nós ficamos a conversar com o Bólice. Falamos de tudo. Falamos de nada. Fartamo-nos de rir com ele. É dono de uma lucidez que convive serenamente com uma grande dose de loucura. Tudo q.b.. Já vivemos tantas coisas juntos. Passámos por tempos dificeis que agora parecem tão longinquos. É bom saber que as coisas podem ser diferentes. E melhores. Que o nosso passado faz de nós quem somos agora, já.

Hoje a Alexandra foi almoçar comigo. Falámos imenso e sabe-me bem. Sabe-me bem saber que ela me compreende tão bem e que eu a entendo cada vez melhor. Somos amigas há mais de vinte anos e a nossa relação está cada vez melhor. Mais adulta e saudável. Quero muito que seja feliz, sem se atormentar com as ondas. Que os alicerces que constrói lhe permitam segurança para continuar esta viagem em alto mar.

E está um dia MARAVILHOSO! Um sol e um calor que apetece morder! Guardei a roupa de Inverno, vesti uma camisa fresca e pisquei os olhos às sandálias: a continuar assim rápidamente as vou buscar!

sexta-feira, março 10, 2006

Amanhecer


Amanheceu cedo em casa dos Pêra. Martim Pêra estava no seu melhor ainda antes das sete da manhã. A Cantar. A Lutar. A Vencer. Atacar!

Temos um novo Presidente da República. Uma coisa é certa: acabaram-se as condecorações nos tempos mais próximos!

E que feio, muito feio, foi confirmar que o auto-proclamado-pai/avô-da-democracia não foi capaz do mais básico acto democrático. Sim, o pai do filho João não foi capaz de cumprimentar o novo P.R.!

Voltei a sonhar. Adoro sonhar! Gosto de acordar demanhã ainda com o sabor do sonho na boca. Uhmmmmmmmm.... Os meus sonhos são sempre bons, maravilhosos, fantásticos! Raramente tenho pesadelos. Quando os tenho estou acordada, no mundo real. E estes resolvo-os, mais tarde ou mais cedo. Longo é o caminho. Apetecida é a meta.

Ai como eu estou! O Martim hoje vai jantar e dormir com a avó. Estou com Síndrome Pré- Menstrual. A lua está quase cheia. Ai! Prepara-te Vitor Pêra... Atacar!

Bom fim, de semana.

quinta-feira, março 09, 2006

Whatever

A post a day makes the doctor away.

quarta-feira, março 08, 2006

Virgulação Excessiva

Preciso de umas ferramentas, de trabalho, qualquer coisa, que me alivie os ossos.
( Tenho um código, com Vitor Pêra, género dissimulação à entidade filial, cada vez que me apetece fazer amor: "Pai, dói-me os ossos!". E, agora, de repente, veio-me à memória, falando de ossos...)
Mas, falava-vos de trabalho, de ferramentas. Preciso urgentemente: um computador, melhor que o meu!, livros e telas. Vá lá, não custa nada, e eu fico feliz. Bem hajam. Santinho! Agradece, a minha parte criativa, atrofiada pelo aumento do IVA, e o não-aumento salarial. Helena Pêra.

... estou cansada de postar em diferido... sou tão póbrinha...

terça-feira, março 07, 2006

Sabe bem

Sabe bem saber o lugar que ocupamos o nosso o de mais ninguém. Sabe bem sorrir e chorar sem pudor sem auto-recriminação. Sabe bem o amor a paixão o sexo. Sabe bem a amizade a verdadeira a que não rompe ou esgaça. Sabe bem o sol a chuva o vento. Sabe bem o mar. Sabe bem o cheiro dos que adoramos. Sabe bem escrever. Sabe bem não virgular. Sabe bem recordar o sonho. Sabe bem dormir. Sabe bem rasgar a convenção. Sabe bem rir da normalidade do vigente. Sabe bem acordar cedo e fumar o primeiro cigarro a ouvir os pássaros. Sabe bem viver. Sabe bem estar aqui voltar cá. Sabe bem. E o que sabe bem não pode fazer mal...


... e há tantas centenas milhões de outras coisas que sabem bem!

segunda-feira, março 06, 2006

Crónica de um fim-de-semana banal

Com o Martim ainda a recuperar duma "virose", já sem febre mas no recobro, acabamos por ficar o fim-de-semana quase inteiro em casa. Na sexta-feira fiquei inquieta com a chuva e o vento porque a Graziela (ontemhoje.blogspot.com) foi para os Açores no sábado e fiquei a pensar no voo dela. Espero que tenha chegado bem e esteja óptima, junto da sua familia.
No sábado apenas saí de casa para tomar um café e encomendar o almoço à Fernandinha, outra avó do Martim. Bacalhau espiritual. Divinal!
Passei o dia a ler. "A Mancha Humana", de Philipe Roth. O jornal "Publico". Que bom! Estar por casa a ouvir a chuva cair, sem obrigações... A Alexandra ligou a convidar-nos para jantar com ela e o António no domingo e fiquei de confirmar.
No domingo o dia amanheceu sem chuva, com sol e frio e permiti que o lobito fosse à sua "reunião" semanal de escoteiros. Ficou super-feliz porque não gosta de faltar aos compromissos. Aproveitei o tempo para ir comprar umas coisas que me faziam falta em casa. A caminho do "carrefour" fui recambiada de várias estradas pela PSP. Carros atravessados e estradas cortadas. Nem acesso à segunda circular nem ao eixo norte-sul. Patético! Que terceiro-Mundismo! E porquê? Uma maratona do SLB! Mas Helena e Vitor Pêra são persistentes e conhecedores de outras vias. Lá conseguimos chegar!
Durante a tarde foi mais do mesmo: descanso, leituras e escrita; que bom preguiçar! Liguei à Alexandra a adiar o jantar, para não sairmos à noite, por causa do frio, para resguardar o Martim Pêra. À noite estive a ajudar o Martim no processador de texto a compor um texto, enquanto ouvia a banda sonora dos "Morangos com açucar". Claro que o obriguei a usar os headphones, porra!, lá porque ele gosta os outros não são obrigados a ouvir. Vitor Pêra viu o jogo do FCP, todo consolado, muita gosta aquele homem de futebol!

sexta-feira, março 03, 2006

Reforços Positivos

Eu e o Martim Pêra adoramos publicidade. Temos um grande fascínio por este meio de comunicação. Seja na imprensa escrita ou na televisão (é mesmo o que mais gosto de ver na TV!). Ficamos doidos com os anúncios novos. "Já viste aquele?".
Claro que o ensinei a discernir entre o verdadeiro e o falso. O lobito sabe que no fundo o objectivo de todos eles é o mesmo: vender.
Desde quarta-feira que tem estado febril. Vitor Pêra esteve toda a semana de férias. Acabou por ter de ficar em casa a fazer-lhe companhia.
À noite, depois de jantarmos, convido Martim Pêra para uma onda catódica no meu quarto. Ficamos ali os dois, no disparate, a rir, a brincar, a trocadilhar, a ler e a ver televisão. Tudo pára na hora da publicidade e jogamos o nosso jogo. Ganha um ponto quem diz primeiro o nome do produto durante a exibição do anúncio. No final de cada bloco publicitário fazemos a contabilidade.
Ontem, à noite, estavamos a ver aquele anúncio da Roc, que tira dez anos à idade das gajas e o Martim responde que é tanga à minha questão "Achas que é verdade?".
- "Mas se calhar eu devia começar a usar um creme deste tipo..."
- "Ó mames (mãe em inglês de Martim), isto é tanga." Repete o filho.
- "Que idade é que tu me dás?"
- "Dou-te para aí 27 ou 25 anos."

Não pude deixar escapar uma valente gargalhada. Com filhos destes quem é que precisa de cremes anti-rugas?
Um destes dias começo a usar. Quando ele me disser que estou com cara de parrachuda trintona!


Bom fim-de-semana.

quinta-feira, março 02, 2006

Espólio Fernando Pessoa, Alberto Caeiro


Biblioteca Nacional, 2006
purl.pt/1000/1/

quarta-feira, março 01, 2006

O Tambor Que Toca

Na segunda-feira os Pêra foram para o carnaval. Decidimos passar essa noite no bar dos Tocá Rufar, lá para os lados do Seixal.
Liguei à Helena a convidá-la para se juntar a nós com a Sara, a sua filha mais nova.
Convenci o Martim Pêra a fazer uma sestinha durante a tarde. O lobito bem tentou escapar, que não havia necessidade, que já aguentou até às duas da manhã (sic!). "E quando é que isso foi?". " Quando fui para a Serra da Estrela, com os escoteiros.". "Compreendo perfeitamente o teu ponto de vista. Mas, se não descanças, logo à noite não há matraquilhos! Queres jogar ou não?".
Lá o convenci. O argumento foi um bocado rebuscado mas interessa é o resultado final.
Com o lobito a sestar fui ver o DVD "Uma Casa no Fim do Mundo", com argumento do Michael Cunningham, baseado no seu livro com o mesmo título. Desilusão completa! O resultado não foi o mais feliz...
À noite jantamos em casa e depois seguimos para o bar. O Pedro, da negra, acabou por ficar em casa, a soro, constipadíssimo. (As melhoras Bólice!)
Foi bom. Joguei matrecos com a Sara e o Martim e um fantasma. O pai do fantasma veio ter connosco e alertou o puto: "Vais-te sujar todo!". Tive de trocar de equipa porque o lobito e a amiga é mais roletas. Eu ainda mantenho os meus toques de viciada em matrecos (há tanto tempo que não jogava!). O bar é espectacular. A decoração é uma ode à criatividade. As pessoas são boa onda. Muitos miúdos da escola de percussão. Muitos mascarados (nós fomos à civil, mascarados de nós mesmos). Um ambiente familiar, cheio de pais e filhos. O grupo "Raquetes da Portela" a debitar musicas carnavalescas. O Martim cansado a pedir para ir embora. Subornei-o com duas coca-colas. Dancei. Sozinha e um poucochito com o pai e com o filho Pêra. O Martim enternecido a olhar para nós. O Martim furioso com os confetis e as serpentinas, que lhe faziam impressão na pele. À meia-noite, como a gata borralheira, fomos embora. Gostei. Para esquecer momentâneamente as injustiças da vida. Fomos o caminho de volta a casa a conversar. Quando chegamos e começamos a despir-nos deixamos no chão os restos da festa: os confetis encarnados!

À Bebé (24/2/2006)

Eu não acredito em Deus. No Deus dos católicos ou dos muçulmanos ou de qualquer outra religião. A unica filosofia de vida com que simpatizo e que está em sinfonia com a minha forma de viver é o Budismo.

Fico fodida com as hipocrisias da nossa cultura judaico-cristã.
Fico oprimida com a ignorância de umas outras.
Fico frustrada com a utopia de todas.

A Bebé só tinha 38 anos, comemorados no passado dia 6 de Dezembro. Tinha duas filhas. Uma com oito e outra apenas com um ano de idade.
A Bebé aproveitou uma nuvem descendente e subiu. A lua estava em fase de quarto crescente. O céu ganhou mais uma estrela. Brilhante e bonita, como a Bebé.

Foi Deus? Foi o Deus?

Se eu tivesse algum poder, imaginemos que era Deus ou coisa que tal, agarrava em toda a dor e repartia-a irmamente. Não é Deus que nos quer irmãos?

Não sei se Deus existe e gosta de mim: Eu estou zangada!