"Eu me preparei para enfrentar a adversidade. Estou acabando de escrever o Manual dos Frustrados, Fodidos e Oprimidos. Nele descrevo, minuciosa e sistematicamente, os métodos mais sujos e destruidores para se ir à forra de qualquer inimigo, seja ele quem for, forças armadas, companhias de serviços públicos, companhias de cartões de crédito, bancos, a polícia, o proprietário senhorio, a loja comercial, qualquer pessoa ou instituição que tem força e sacaneia os outros (...)"
. . .
sexta-feira, abril 28, 2006
Fotos: Estação de metro Picoas
À espera da carruagem. Carris-candeeiros-carris-candeeiros. Outra viagem. Gente. Vários tamanhos. Vários formatos. Gente. Colorida. Cinzenta. Gente apressada. Gente sem qualquer tipo de pressa. Caminhar. Caminhar sempre. Carris-candeeiros-carris-candeeiros. Outra viagem. A mesma? Outra.
Alcatrão-céu-céu-alcatrão... Ou rebéu-béu-béu... As voltas que a vida dá sem parar: alcatrão-céu-céu-alcatrão...
Ora as nuvens, o sol, o céu carregado, o céu limpo, ora o vento que arrefece, sopra, o asfalto, o céu limpo, o céu carregado, o sol, as nuvens...
... à sombra de uma azinheira...
... que já não sabia a idade...
... Em cada rosto igualdade...
Se-eu-ficar-lá-atrás-atrasada-é-apenas-a-maldita-distracção-a-atacar-a-vencer
quinta-feira, abril 27, 2006
O dia à espera da noite à espera do dia à espera,
Esperando.
O que a inta-feira tem de bom é trazer colada a exta-feira, que arrasta o ábado e o mingo. E unda-feira é feriado. 1º de Maio. Dia de mim.
Andarei a ouvir RCP em demasia?
O gajo voltou! Estou muito feliz com o seu regresso! Escreve bem e tem um blogue asseadinho e maneirinho. Está em http://alderango.blogspot.com/.
quarta-feira, abril 26, 2006
" (...) e pôr dentro da jaula a liberdade" *
sexta-feira, abril 21, 2006
quinta-feira, abril 20, 2006
A simplicidade
quarta-feira, abril 19, 2006
aosolestabem.blogspot.com
Melhor que um Bólice só mesmo dois Bólices! E se um Bólice incomoda muita gente, dois Bólices incomodam muita mais gente. E re-béu-béu codornizes no prato e Bohémias, acumulados de Bohémias aos molhos, como quem chama por nós: cam'on baby, drink me, please and piss, piss a lot. E jardas; enroladas, prensadinhas, gostosinhas, baquetes de jardas ao vento (vento não é certamente e as baquetes não são baguetes)...
(Agora fiquei assim: numa de dedicatórias. Será da chuva? Do Vento? De quem chama por mim?)
Dedico esta posta ao meu amigo Bólice, que está a ensaiar para um graundenorme concerto no próximo sábado, a lutar, a vencer... Bólice, amigo, os Pêra estão contigo! 25 de Abril forever and ever and aquilo que quiseres.
(Por falar em Abril, ontem fui a um lançamento de um livro e nunca vi tanto comunista por metro quadrado, até pensei que houvesse bifanas e couratos para distribuir, mas não, eram livros, senhor, livros para vender, ai o capitalismo...)
Bibó Bólice!
terça-feira, abril 18, 2006
Outra Primavera
Ela é como o pano-cru, como outra Primavera... A vida é feita de pequenos nadas. O primeiro dia, não é simples, é doloroso e os outros também. Depois passam, devagar mas vão passando, e passam… Da brasa é feita cinza e da cinza renascemos… Põe-te em guarda… Disseram-lhe um dia…
Estavam os dois a pensar naquilo que passou e acabaram separados, embrenhados em pensamentos saltitantes, evocações de um passado lá longe, que não desejaram mas amaram. E outra Primavera chegou. Mais uma. Começavam a suceder-se as estações, indiferenciadas…
Todos os dias são diferentes, com pequenas comédias dramáticas, filmes, cenas da vida, pois que ela passa… Só nós aqui somos apenas nós, sempre-iguais, sempre-assim, queremos o amanhã com os olhos no momento, apagamos o passado com o sentido no futuro. A vida é feita de nadas. Pequenos passos tímidos.
Segunda-feira trabalhei de olhos fechados.
Há pessoas para tudo! Umas gostam das segundas, outras não, umas-outras das sextas, outras não ligam, há quem deteste o domingo e quem adore o sábado.
Ele vinte anos e ela dezoito.
A porta pode ser muito pesada, excessiva, daquelas que não se transpõem. Nem no quarto. Nem com sexo. Há barreiras limitantes-quase-gritantes. O tempo é só o tempo de acordar depois de dormir, aquele que se segue após o outro. Outra Primavera.
Nem todas as pessoas crescem e aprendendo sabem o que fazer, o que evitar… Há quem aprenda com os erros… Há quem persista em repeti-los.
A Ana olhou o João. Viu nos seus olhos, a fugir, a evasão que não conseguiu esconder. Ficaram assim, em negação, da evidência do brutal. Aquele morno calado, não-consentido. Como o pano-cru. Ainda por acabar. O Sérgio dizia estar entre o que já fez e o que irá fazer. Pano-cru.
Ela disse que iria embora. Definitivamente. “Parto sem dor”. João achou que sim. Estava cansado. Do seu corpo. Da sua voz. Do seu cheiro. Dos seus amigos. Do silêncio inquebrável. Andavam naquele-não-apetece eterno, naquela solidão não partilhada que ambos desejavam tal qual, calados. Ela teve a coragem de desfazer aquele nó, de pele, de sangue, cansada…
Há quem se encontre desencontrando-se e quem se veja sem olhar; quem viva para lá do pensamento, na sensação. Há quem se cale sem nada para dizer e fica-se na dúvida de haver algo a ouvir. Há quem fale sem conseguir dizer o que quer. Há quem nunca fale aquilo que pensa.
Andas aí a partir corações como quem parte um baralho de cartas…
Um dia reencontraram-se. Os dois a gritarem de sede. Parecia que vinha o fogo de novo. As cinzas varridas. Esquecidas. Outra Primavera. Renasceram ao mesmo tempo!
( Dedicado ao Sérgio Godinho, que com a sua música e as suas letras povou o meu passado de sonhos… “E há quem durma tão cansado nem um beijo os estremeça”)
segunda-feira, abril 17, 2006
Cá estão os Pêra! De volta ao "Manuel"!
Eis o grande lobito, Martim Pêra, n'Assenta. Ao lado Helena e Vitor Pêra com Martim a "planear" as obras a fazer. O cunhado vai fazer um quarto novo para acolher os Pêra e quem vier por bem.
E nunca mais é Verão! Há-de ser mais lá para a frente... Queremos o convívio e o peixe grelhado... E Bohémia fresquinha! E sol e mar e ir e voltar...
sexta-feira, abril 07, 2006
A todos que me visitam
Estou n' www.oser.blogspot.com/, tirei férias do Manuel, como diz o meu amigo bólice. Vou avacalhar para o outro lado, de mim, própria, eu mesma, Choninhas |
terça-feira, abril 04, 2006
Tão iguais e tão diferentes...
segunda-feira, abril 03, 2006
Tudo está em tudo
Vitor e Helena Pêra, 23 de Julho de 2005, ferry-boath Tróia-Setúbal Segunda-feira, do meu descontentamento... É o dia a amanhecer sem sol... Começaram as férias da Páscoa do jovem estudante. Fui acordada com gritos e cânticos. Martim Pêra no seu melhor. "Bom dia, minha querida." Tudo num tom abrupto e esganiçado. E eu ali, no quentinho da cama enorme, só para mim (Vitor Pêra foi cedo para a companhia de seguros, aturar a clientela). Braços e pernas bem esticados. A gata Dharma enroscada, aos pés da cama, a acordar também repentinamente, assustada. O inferno barulhento dos trabalhadores da Sótubos a desmontar, finalmente, os andaimes usados nas obras de reparação da fachada. Que belo começo de semana! Depois das comemorações com Vitor Pêra na sexta-feira, muito apaixonados (como é possível? Não é normal!)... No sábado o amigo do lobito passou o dia connosco. Ao fim da tarde fomos ver a "Idade do Gelo 2". Regular. Gostei muito mais do primeiro da saga. Ontem fomos passear a Valada do Ribatejo, com a avó Cristina. Inaugurámos a época da manga curta! Almoçamos e voltamos para Lisboa, com passagem pelo Cartaxo para ver uns familiares. Tudo tranquilo. Cinquecento carregado com laranjas, para os sumos de desjejum, e vinho tinto, para desentupir as veias, às refeições. É bem verdade que não há prazer que dure sempre. O contacto com a realidade pode tardar mas não falha. Quinze (15) dias de férias escolares do lobito: Oh my god!!!! |