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segunda-feira, abril 30, 2007

Restauradores

Fotografia de Benjamim M.S.F. Silva


Quem vê, o quê, e, quantos vê?
Cinco cadeiras, dois PSP, um homem, quantos dedos e jornais?
A vida são actos isolados, matemática ou retória?
Saídas?
Avenida da Liberdade ou Bairro Alto. Duas opções.
Quas' iguais... Muito diferentes!
Uma, poluída e antro de desagregados.
Outra, expressão de credos bebidos ao molho...
Que dirá o homem dos jornais gratuitos às "autoridades"?
Quem saberá o caminho a escolher?
Quem terá os melhores sapatos ou botas?
Avenida da Liberdade!
Bairro Alto!
Ficamos pela fotografia, do Benjamim, e pela escolha... Sem manifestações de opinião da blogger!
Comentários: fechados.
Contactos: acessíveis.

sexta-feira, abril 27, 2007

Fotografia de Benjamim M.S.F. Silva



Gosto de gaivotas! Têm umas asas que permitem voar ou não. Não gosto de pássaros. Mas as gaivotas são o patamar para outra espécie, acho, só que com penas, formas, e asas de passáro.

Quem não gostaria de voar? Sentir as nuvens fofas. Estar mais próximo do Sol, num céu com cromáticos que mudam, cada instante... Como tudo! Como tu. Como eu. Todos nós...

A nossa vida é um som breve numa tecla premida ao acaso. Um rasar. Já vi quase tudo acontecer. Enquanto o quase não sair da frase quero continuar.

Há histórias que acabam. Que não se concertam. Mal começam!

quinta-feira, abril 26, 2007

Formas

Fotografia de Benjamim M.S.F. Silva


- Gosto do azul.
- Gosto do encarnado.
- Gosto de moderar...
- Gosto de atacar.
- Tu quê?
- Branco...
- Preto.
(...)
- Coração.
- Cabeça!
- Tronco.
- Membros!
(...)
- Quê?
(...)
- Rosa...
- Amarelo.
(...)
- Forma.
- Cor!
(...)
- Não te entendo...
- Gostava de saber como és!
... podemos continuar a nossa conversa inócua ou passar da cor, do corpo, do tempo e forma aquilo que nos apraz.
... podemos continuar com a pontuação, as palavras, o dito-o-por-dizer, o sentido-calado... podemos... mas cansa!
(...)
Viver num esfumado, num calado trocado entre olhos que não se fadigam...
(...)
... que dizemos que faça sentido, que calamos que tenha de o ser?
(...)
Entre o aqui e o ali só a distância de um sopro, de uma veleidaide...
E ali e aqui, só nós e o vácuo.
Simples.
Como o azul e o encarnado.
Como o branco e o preto.
(...)
Nós.
Eu.
Tu.
(...)
Gostava de saber como és quando não estás perto de mim.

quarta-feira, abril 18, 2007





Diego, Diego, Diego...

A anulação,
o amor?
...
Obsessão?



Continuo a amar as cores de Frida Khalo, a sentir as dores da ferida, a amar demais...


segunda-feira, abril 16, 2007




Mude
Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais, leia outros livros,
Viva outros romances!
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado, outra marca de sabonete, outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Arrume um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
Edson Marques.
Fotografias de Martim e Helena Pêra, num domingo de praia, ontem, seguido de piquenique.

quarta-feira, abril 11, 2007



Chegou o dia. Não que o esperasses mas veio sem ser convidado. A menina azul fez-lhe companhia e não saem daqui enquanto EU permitir que estejam. O dia. A menina azul. Tenho uma arma, um argumento para lhes dizer adeus. O tempo que guardo dentro de mim. A lucidez que me faz ser como sou. Sinto-me em permanente mudança, e, não quero o que não quero, quero apenas o que quero. Olho o mar e vejo-o calmo. Também vou sentindo essa acalmia... Agarro-me com toda a força a quem amo. A família. Os amigos. A menina azul sente-se indesejada e até anda meio sem força e desejosa de partir. Já viu que por aqui não tem muito espaço. O dia pediu-me esse tempo, que foi crescendo nestes anos, cá, num recanto meu, e pede-me para ser usado de uma outra forma. Eu. Eu. Eu. Sempre EU neste turbilhão, nesta intensidade de sentimentos e emoções. Eu. Eu acabei por escutar esse dia. Eu. Eu não permito que a menina azul fique. Eu. Eu. Eu.

sexta-feira, abril 06, 2007

Escrita automática

Estava, com os óculos para presbitas postos, com as botas a apanhar este sol pascoal, e, de repente, comecei a pensar nas telhas que faltavam e a contar as botas... Haviam duas que saiam do meu campo de visão... Mas afinal, está tudo certo! As minhas, as dela, as nossas... O telhado é que continua a necessitar de uma ou outra telha... E o musgo que vai crescendo... Quando for natal não me posso esquecer. Substituo as telhas e raspo o musgo para o presépio. Mas ela está doente. Muito. Chegará ao próximo natal? Sei lá onde fica Jesus, José ou Maria! E o musgo? Será musgo ou palha onde se deita o menino? Os bebés não se deitam em camas de musgo! Mas de palha, sinceramente... Ando todo baralhado! Tenho telhas que precisam de ser trocadas. E o musgo, será reutilizável?, agora fala-se tanto em reciclar, usar o velho para fazer novo... Houvesse alguém que nos reciclasse! Deixava de passar os dias a engraxar os nossos botins e a olhar o horizonte. Lá longe o Tejo. Cá dentro ela está doente. Falo-lhe nas tonalidades do rio, e parece ouvir. Só não lhe digo que os filhos deixaram de aparecer e telefonar. Ela não iria entender...

terça-feira, abril 03, 2007

Gosto de ti MC, muito...

O teu primeiro sobrinho, quando aprendeste a amar gatos.


O clima muda e o frio o calor são apenas evidências. Ora fora ora dentro d'época. A Lua continua com as suas várias fases. A terra em rotação à volta do sol. Os chineses, civilização milenar, cada vez mais prácticos e activos: como formigas, enquanto nós somos umas cigarras, que vamos assobiando e logo se vê, ou na tia, ou no primo, ou nos amigos, ainda há quem trabalhe para comer no Inverno e nós subimos e sentamo-nos.


E porquê esta conversa-escrita?


Porque apetece-me escrever coisas assim: Queres baba de camelo, mousse de manga ou... "Sabes que adoro chocolate! Nasci noutro continente e vim desterrado para este. Faz o que quiseres, querida, filha, desde que não tenha manga."


Gosto tanto de ti que fico aflita quando te negas à minha baba. Más novas? Não quero, e o que não quero tem força,... E quando tu me chamas filha lembro-me de ser jovem e ser tratada como tua filha, um pai que amo como se meu fosse, que fez feliz a minha Su Mana Mané e nos deu a mais linda e melhor menina que conheço! Bem hajas!


Sou a ovelha que paira sobre o rebanho e controla o dono, o cão e os pares. Sou quem não te diz o que sinto quando te vejo cansado, a lutar, só concedo a luta com vitórias, tornei-me num género de mãe do teu afilhado: os gritos são uníssonos!


A LUTAR! A VENCER! SEMPRE PRONTOS!

segunda-feira, abril 02, 2007

O aniversário dos Pêra



Helena e Vitor Pêra



Com a Helena e o Mário a apreciar a banda, lol



Granda som!



Com a minha querida Ana. Gosto de ti gaja!



O Beijo!

O sábado começou bem cedo porque o Martim Pêra tinha uma actividade com os escoteiros. Lá foram para Alcobaça, explorar umas grutas.
Depois o Vitor Pêra foi dar sangue, numa acção organizada pelos escoteiros e pelo Instituto de Sangue.
Almoçamos e lá fomos para o Parque das Nações. Eu tinha um encontro com umas meninas da blogoesfera e o Vitor foi com o Vitor, o marido da Ana (podem ver em fotografias em postes abaixo) até à FIL.
Fomos dizer um até breve a uma caralinda que está de partida para Angola, para ir ter com o marido que está lá a trabalhar. O tempo voou.
Depois fomos com o Vitor e a Ana, amigos recentes, mas parecemos conhecer-nos à séculos, jantar a casa deles. Foi tudo bom. A companhia. A conversa. O jantar.
De seguida fomos para "O Tambor que fala", bar do nosso amigo Bólice.
Juntou-se a nós a Helena e o Mário e divertimo-nos muito. Há meia-noite, dia 1 de Abril, parece mentira, mas era o nosso aniversário de casamento. Doze anos! Adoro-te, Pêra. Chegamos a casa quase às cinco da manhã e continua-mos a comemoração :)

domingo, abril 01, 2007

Traz tabaco e cerveja, a tristeza já temos!


... vou para a esquerda segues para a direita caminho ficas parado olho o céu olhas para o chão quero encarnado queres verde sonho com alternativas à realidade tu dormes...
... acordas cedo vais e fico a despedir-me do sonho e a interrogar-me se o dia nasceu que horas serão quantos minutos me restam...
... fujo do resto que ficou do sonho da cama do calor do nosso cheiro do teu dormir acabado...
... estamos no fim ou recomeçamos?
Dia 1 de Abril, dia das mentiras meu querido, parabéns!