Tenho um primo, com o qual não tenho contacto, da parte dos Rodrigues, dos judeus, que emigrou da pequena aldeia onde nasceu e foi para São Paulo, em busca de uma vida diferente da que o esperava.
O Aleu esteve cá há cerca de cinco anos. Trouxe o meu tio Delfim, irmão da minha mãe, que ela não via há uns trinta anos, para passar uma semana em sua casa, em Lisboa.
Aproveitou também ele para rever a tia.
Falou, falou, falou… Cheio de ouro. Falava um português cheio de sotaque e regionalismos. Respirava sucesso. No fim, orgulhoso, deu-me o seu cartão de visita. Hilariante! Muito espalhafatoso! O seu nome, morada e telefones. Um desenho de um cacho de bananas, bem colorido a amarelo e em grande destaque: Atacadista de Bananas em Geral!
Estava com tanta vontade de rir sem parar que sabia que não poderia começar. Sorri e perguntei que raio de coisa era aquela. O primo explicou, que tinha uma empresa de armazenamento e distribuição de todo o tipo de banana (existem imensas subespécies deste fruto!).
Este sábado lembrei-me deste episódio. Acho que é um título excelente para por num anúncio, num jornal diário de grande tiragem, nas páginas de Convívio.
2 comentários:
Chonina, tiene mucha gracia lo que escribes. Me he acordado, de pronto, de lo que he leído hoy mismo. Dice así: "La gente teme a la inteligencia. Pero si comprendiera lo que es verdaderamente temible, debería temblar ante la estupidez". Goethe.
Querida Anatema, Goethe tem mais que razão: a mim apavora-me muito a estupidez: é desgastante a limitação de algumas pessoas,... sentimo-nos impotentes, torna-se dificil fazer-nos entender; passar a mensagem que queremos,...
Beijo amiga
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