"Eu me preparei para enfrentar a adversidade. Estou acabando de escrever o Manual dos Frustrados, Fodidos e Oprimidos. Nele descrevo, minuciosa e sistematicamente, os métodos mais sujos e destruidores para se ir à forra de qualquer inimigo, seja ele quem for, forças armadas, companhias de serviços públicos, companhias de cartões de crédito, bancos, a polícia, o proprietário senhorio, a loja comercial, qualquer pessoa ou instituição que tem força e sacaneia os outros (...)"
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quinta-feira, dezembro 22, 2005
O Jantar
O Vítor Pêra ontem foi ao jantar da Companhia de Seguros, tenso e stressado, a lutar com os minutos que passavam implacavelmente, ia atrasado, porque o trabalho não lhe permitiu despachar-se mais cedo.
Em conversa com o Martim Pêra, naqueles delírios que saudavelmente partilhamos, (está a viciar-se no “Sentido da Vida” dos Monty Python), lembrou-me a caminho de casa da avó Fama que talvez não pudesse atender-me o telefone porque iria estar em reunião, durante a tarde.
Interessadíssima perguntei-lhe o que é que se passava, concretamente. Estava num dilema terrível. Tinha-lhe sido atribuída uma concessão. Tinha de decidir-se qual iria explorar.
“Mas o quê, trata-se de quê?”. Bem, era simples ou a Vasco da Gama ou a 25 de Abril. “Que achas?”. “Olha que é difícil; a Vasco da Gama tem menos tráfego mas é mais extensa, terás que pensar no problema da manutenção, a 25 de Abril tem mais utentes, portanto, mais veículos, tem o comboio que faz a travessia e menos extensão… Tens de pensar bem, é uma decisão difícil. Fala com os teus administradores; ouve as suas opiniões, não decidas sozinho…”
Como eu, Helena Pêra, sou ultra-reformada-activa-com-o-rabo-a-crescer, não tenho jantares ou almoços de empresa no Natal.
Decidi elaborar um jantar, à luz de uma vela e cimentar, estreitar, ainda mais, a relação com o meu novo sócio (O lobito convidou-me para consultora na empresa, "tudo na negra", por causa da concessão; decidiu-se pela 25 de Abril).
[ Pedro, ainda hesitei com o convite para o jantar, mas ia ser uma nóia, ou então Zappa…]
Assim, fui ao senhor Mário e pedi um “granda” bifaralho de vacosa, bem tenrinho, que o lobito deixou um dente na Serra da Estrela.
Fiz um jantar à “Curral da Mula”, uma tasca de um amigo. Fritei a batata pré-frita, corte tradicional, da Pescanova. Fiz um molho com maionese, ketchup e mostarda que ele gosta. Estrelei dois lindos ovos, sem os rebentar. Grelhei o bife, para nem tudo ser mau.
Pus a mesa para os dois. Copos de cristal (adoramos brindes!). Um tinto alentejano para mim, Pepsi twist para o sócio. Queijo de Niza. E o pão do senhor Jorge, de mistura, que eu sei que ele gosta.
Correu bem. Conversamos calmamente, brindámos à saúde da família.
Foi adormecer na minha cama e vi-me grega para o transportar para a dele: o tipo pesa! Antes das 23h também eu já pairava numa nuvem qualquer a caminho de um qualquer sonho…
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2 comentários:
que bela companhia e que belo jantar.
um abraço.
graziela
BOAS FESTAS! BOM BACALHAU! BOM 2006! BOM TUDO!
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