(Poste de segunda-feira, 2/1/2006)
Martim Pêra acordou pela manhã com feitio soviético, antes da derrocada do muro de Berlim (digo eu), a vociferar e a bater o pé, furioso do sono que o acompanhou, triste de deixar a cama, a perder calor...
Pois é, meu lindo, o período de férias acabou, é tempo de regresso à escola e ao trabalho.
Acordou "podre" e foi ficando mais calmo. Comeu o iogurte natural com cereais, uns minutos de "bonecada" na televisão.
Preparo-lhe os dois lanches; o do intervalo da manhã, das aulas, e o da tarde, para o lanche do ATL. A garrafa de água. Tudo compartimentado na mochila da escola. O almoço é na cantina.
Quando o fui buscar ao ATL a M. disse-me que tinha estado especialmente falador (para variar!), muito contente, com o natal, que ele e a prima tinham feito de pai natal e entregue os presentes, blá-blá-blá,...
O Martim Pêra é super-falador, no seu estado normal. Sempre. Desde bebé. Falei sempre com ele desde que nasceu sem aquelas "paneleirices-de-falar-à-bebé", falei sempre com ele como falo com as outras pessoas. O rapaz tinha grandes monólogos, desde os dois meses. É genético. Uma veia ribatejana que lhe palpita no sangue. Não dança o fandango mas recria-o em grandes "diarreias" verbais.
Anoiteceu. Na Colina do Sol tudo tranquilo. Ligámos o ar. Martim Pêra já está deitado. A Dharma dorme sossegada numa cadeira, no quentinho. Vemos (eu ouço) FM, JPP, BSS e MP nos "Prós e Contras". Debates de uma nação que se resume a isto: tanta ideia e nenhuma acção. O vazio.
Vou mas é para o sofá roçar-me no Vitor Pêra. Para aquecer....
2 comentários:
Una pequeña-gran escena de la vida misma. Besos Chonina...y a Pera también...
Detecto un interesante baile de nombres casados/emparejados, a modo de puzzle que tengo que prestar atención para no confundir.
Ah, gracias. Duarte/Graziela; Pera/Chonina; Solrac/Libelina....¿Aprobada...?
Aprovada, amiga. Beijo.
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