. . .

. . .

terça-feira, setembro 20, 2005

Uma gaivota voava voava asas de vento coração de mar. Como ela somos livres somos livres de voar...

O Martim Pêra hoje pela manhã:
- Amas-me?
- Claro que amo, não sabes que sim?
- É que tive um sonho...
- Então, o que é que sonhas-te?
- Não me lembro bem... Era como se fosse um filme...
- Tens razão filho, os sonhos são como filmes...

Não lhe disse que eram bobines e bobines de fita, de realizador desconhecido mas com argumento nosso! Eram sete da manhã e para além de acordar com a pele toda amarrotada funciono muito mal sem cafeína e nicotina a circular pela corrente sanguínea.

Fui leva-lo à escola. Está com uma constipação e um pouco febril, fruto dos passeios, por casa, em super-cueca e pés descalços. Quando o chamo à atenção replica sempre que não sabe das socas de cirurgião, as preferidas.

Eu? Tenho andado a sofrer de uma crise grave de introspecção aguda resistente a qualquer remédio. Apetece-me ficar por casa, no universo familiar, a ler, sem vontade de contrariar este desejo de inacção. Não escrevo, não pinto, não me dou e não recebo. Não me apetece ver os amigos ou empreender qualquer actividade. Leio. Leio. O livro que trazemos entre mãos é como um prolongamento nosso. O espelho que nos reflecte.

1 comentário:

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Podrías dedicarte a escribir obras de teatro, o tal vez seas ya dramagurga. Se te da maravillosamente bien.

No sé si se habrán resuelto los problemas con los comentarios. No sé a quéproblemas te referías. Besos.