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quinta-feira, setembro 28, 2006

“Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei. Ainda assim escrevo.”

Fotografia de Helena Pêra



(...)
Foram ver a exposição da Frida Khalo, no Centro Cultural de Belém. Acabaram na Travessa de Santo António, junto à Rua da Junqueira onde Maria vivia desde que o marido morrera estupidamente num acidente de viação, haviam sete anos. Maria adorava aquela tasca obscura, onde almoçava sempre. “O ninho dos Pardais”. O dono era um velhote do Minho, casado com uma galega com um rabo enorme que lhe tinha dado cinco belas filhas. A Clara, a mais velha acabou por ficar à frente do negócio, atraindo nova clientela que procuravam aquela casa pelos petiscos e pelo bom vinho verde, fornecido pelo tio Alfredo que continuava em Caminha.
Comeram uns carapaus, grelhados na rua, com carvão e poluição. Pediram molho à espanhola e tingiram as batatas cozidas com ele. Estavam ligeiramente ébrias da amizade e do jarro de verde, bem fresco.
Saíram da tasca de braço dado, a rir. Acabaram frente ao Tejo a fumar com prazer um cigarro e a olhar o deslizar do rio. Tinham sempre tanto que conversar. Eram amigas desde a escola primária. Acabaram mulheres, sem nunca se perderem uma à outra. Passavam tempo sem se ver, meses longos por vezes, um dia uma pegava no telefone e ligava a outra atendia e parecia ter sido ontem a ultima vez que se falaram.
Agora estavam de novo ali, as duas amigas. Invariavelmente acabavam por combinar uma qualquer exposição no CCB, porque a Maria tinha o atelier em casa e sempre muito trabalho. Roubavam tempo ao trabalho para com prazer se entregarem aquele dia só delas.

(...)




Sem tempo Stop Desculpem o copy paste Stop O texto vem directamente do arquivo dos perdidos Stop Alimentado e desorganizado por Helena Pêra Stop A frase do titulo é de Mia Couto Stop Volto em breve Stop

7 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Fico à espera! :)

um beijinhi.
I.

isabel mendes ferreira disse...

sem tempo. stop. com todo o tempo. stop. gosto da ideia.stop. muito. sem stops.


Beijos H.


(um post sedutor....sério. stop)

Antonio stein disse...

Sem dúvida.
Faço-me acompanhar da M.F. (das palavras, óbviamente),quanto ao sedutor post...
Gostei!
Diga-me cá uma coisa Simpática Amiga,como se chama o tal Alentejano?
Nem a rolo consigo pintar os muros cá do pagode.
Eu sei que sou um desastrado e um in.hábil...quem sabe o Alentajano me ajude.

Fica-lhe bem essa humildade.
Artista é mesmo Assim.

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Un besazo amiga.

Que pases un feliz fin de semana.

Te debo un e-mail. Voy a ello.

Abrazos.

BÓLICE disse...

Don't STOP us now... que Os "MEMBROS" vão estar aí p'ra arrasar, caraças! Se as palavras não disserem nada ao mundo nós escreveremos mudamente e tomaremos "atitudiz", que quer dizer em latim "Atamos-Tudo, e mai'nada! O Resto, o povo (A CAMBADA) já sabe... É HastaSiemprÉ'a-la"Vitória"a'final, por Sol'puesto y'olÉ

CARIÑO =D

Anónimo disse...

e o mundo só será alcançado pelas palavras, lá está...
estes inexplicáveis da vida! raios!

:)
Sem stops: Beijocas grandes para o Martim já bom, creio!!! :) e xis grandes para ti também, que o malvado do msn aqui nesta máquina não me dá sossego: cai! :P

Ah... bom ter dessas conversas ao fim de meses, como se os dias todos somados fossem sempre só de umas breves horas longe de vista... amigas assim são as que são AmigasAssim! :)

stop


...
pensando bem, stop só por agora! :)

[olha, sou eu, maria, mas este coiso não está a aceitar a minha identificação............. há bruxas em minha casa, ai há, há!!!]

BÓLICE disse...

Ó Xoninhas... posso-te fazer uma pergunta melindrosa? =D
Tu que andaste na escola... acreditas no Universo?

intÉ Xonas

;D