
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
Este poema era o meu favorito quando era criança, da idade do meu filho. Gostava tanto dele que acabei por o guardar dentro de mim. Há dias reencontrei-o, arrumadinho numa gaveta do subconsciente e exclamei: há tanto tempo que não pegava em ti!, sacudi, deixei-o um pouco a apanhar ar e decidi carregá-lo comigo. Fazia-me falta e não sabia!
7 comentários:
hAAAHHH ganda Meireles... e mai'nada, nÉ?
BJK e tÉjá, Cariño
B)
:)
A uma criança especial, está-se a ver!!
Ou isto ou aquilo, passamos a vida toda a escolher. O meu pai, quando tinha eu, talvez, 13 anos (pois, na altura da escolha de uma área para o começo do 9ºano de escolaridade... no meu tempo era assim! ;)), disse-me "a vida é feita de opções!" e deve tê-lo feito com tal ar de seriedade que, nunca mais, nunca mais deixei de ponderar que tudo estaria na minha mão e qualquer coisa por que optasse, a responsabilidade seria sempre minha... também é verdade que foi nessa altura que andei às voltas com o Sartre e As Palavras... direi agora: sorte a minha ainda não terem saido Os Sonhos de Einstein, caso contrário, se já assim sou como sou...
;)
Genial, choninha, este recuperar de ou isto ou aquilo!
xis grandes
:)
A uma criança especial, está-se a ver!!
Ou isto ou aquilo, passamos a vida toda a escolher. O meu pai, quando tinha eu, talvez, 13 anos (pois, na altura da escolha de uma área para o começo do 9ºano de escolaridade... no meu tempo era assim! ;)), disse-me "a vida é feita de opções!" e deve tê-lo feito com tal ar de seriedade que, nunca mais, nunca mais deixei de ponderar que tudo estaria na minha mão e qualquer coisa por que optasse, a responsabilidade seria sempre minha... também é verdade que foi nessa altura que andei às voltas com o Sartre e As Palavras... direi agora: sorte a minha ainda não terem saido Os Sonhos de Einstein, caso contrário, se já assim sou como sou...
;)
Genial, choninha, este recuperar de ou isto ou aquilo!
xis grandes
No sé por qué, amiga, este poema me recuerda a un simulacro de fado que yo inventé y que dice así:
Un fado:
un amor
un beso
un recuerdo
una traición.
un fado:
la soledad
el viento
la noche
el llanto
un paisaje
un fado:
tus poemas
tu mundo
tu temor
tu abandono
tu ilusión.
un fado
eres tú.
Es también tu voz.
Para ti Chonina.
Con un beso con sabor de fado.
Há dias reencontrei-o, arrumadinho numa gaveta do subconsciente e exclamei: há tanto tempo que não pegava em ti!, sacudi, deixei-o um pouco a apanhar ar e decidi carregá-lo comigo. Fazia-me falta e não sabia.....
bom e depois sou eu que "escrevo?"
vou ali e já venho...
___________________
suspensa daqui.
beijo.
obrigada.
Pois... afinal ja sei como me apareceste.... és a Choninha, hummmm hummmmm
Olhamos p tras e recuperamos o nosso melhor. É bom rebuscar as coisas boas da nossa vidinha. Gosto de ti !! bjitos
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