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sexta-feira, fevereiro 17, 2006

"Poemario Plural"

Ontem recebi, com muita emoção, um livro pelo correio, de uma amiga recente. A empatia começou através da blogosfera. Aos poucos vão nascendo os contornos de uma amizade. Será prematuro chamar-lhe assim? Para mim essa amizade nasceu e encontra-se em crescimento. Acho possível sentir amizade e carinho por alguém que se conhece desta forma. Chamem-me tonta ou lirica, o que quiserem! Acredito nos meios de comunicação mas principalmente acredito nas pessoas. Geralmente avaliamos os outros conforme os nossos valores, o nosso modo de viver e sentir. Procuramos um reflexo, um prolongamento de nós. Daí a empatia que sentimos com certas pessoas, quase imediatamente, e com outras nem por isso.

À noite, em casa, peguei no seu pequeno livro. Comecei por ler as palavras de um outro escritor, também de Zamora, Juan Carlos Villacorta:

" La autora va y viene por las calles de la amistad, natural o acuñada, entre la ilusión y la prisa, a veces, con una cierta amargura, pero ella no renuncia a la ilusión porque en el fondo es una creyente. Da siempre la sensación de tener prisa por llegar, y a veces, se atropella, porque no hay destino donde saciar los íntimos deseos, que no son fugaces sino sucesivos, y porque la felicidad no nos espera en la estación término sino haciendo el camino, y no hay senda, se hace camino al andar ".


Nem mais! Tal e qual! Era mesmo o que eu pensava dela!


A Concha Pelayo, assim se chama a autora, escreve em voy-de-tapas.blogspot.com e porelcaminoverde.blogspot.com.


Fica um poucochinho, um cheirinho, da sua obra "Poemario Plural", de 2005, para saborear no fim-de-semana:




Sin rumbo se agitan mis alas de gaviota
surcando el infinito de mis sueños.

Asciendem o descienden a merced del viento que las lleva.
A merced de tu voluntad caprichosa.

Es el silencio protagonista de este sueño inacabado
a la espera de fluir vigoroso de tu sangre,
a la espera del impulso de tu corazón,
ese motor de pasión y deseo.

Son ahora los movimientos circulares de tu cuerpo
sobre mi vuelo cósmico y sin rumbo,
causantes del silencio creador.

De este silencio que hiela el alma,
del silencio de la hoja en blanco,
del silencio que deja tu boca sin palabras.

5 comentários:

Jorge disse...

Quase me tiraste as palavras da boca.
De facto, mesmo estando ela tão longe é impensável não se ser amigo dela, tal é a empatia que nos suscita de imediato.
Concha caiu nos nossos corações, porque simplesmente o merece.
E não é necessário reafirmar-lhe o quanto a admiramos, quer como pessoa, quer pela sua obra, carregada de emoção e claridade, numa escrita límpida e desprovida de inutilidades.
Por isso te digo: também eu sou indefectivelmente seu amigo e espero o momento de a conhecer.

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Amigos. Estoy abrumada. Hoy, que me abrumaba la tarde y tenía el corazón, no envuelto en papel de celofán, sino en un puño, me ilumináis con vuestras palabras de cariño.

Qué podría deciros yo a los dos, a ti Chonina y a ti, Fernando. Gracias. Sois mis amigos del alma. Creedlo.

Un beso muy muy fuerte a los dos.
Concha.

BÓLICE disse...

Oi Xonas... já sabes, embora eu não seja um letrado, sou teu amigo para constactar que não admira nada a tua tontice (plin!). Mas que tu te revelas uma lírica, essa é que é uma verdade que deveria ter sido exposta à mais tempo. Como mais vale tarde do que nunca, este teu amigo gostaria de ir jantar um dia destes a casa dos Pêra. Só para poder ter a noção da tua pequena gaveta e quem sabe para poder dar uma ajuda a abri-la se for do teu agrado e claro... com o consentimento incondicional dos PÊRA!
Se for necessário também posso arranjar o vinho, tal como diria a Natália Correia "o sémen dos Deuses"!
O resto Tu já sabes... é qu'sa'Fod... aiii... lá está o gajo ordinário outra vez.

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Boa noite Chonina. Un beso fuerte y feliz fin de semana. Concha.

Avó do Miau disse...

Passei para visitar o seu blog e dar-lhe um beijinhos!