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segunda-feira, dezembro 19, 2005

ATACADISTA DE BANANAS EM GERAL

Tenho um primo, com o qual não tenho contacto, da parte dos Rodrigues, dos judeus, que emigrou da pequena aldeia onde nasceu e foi para São Paulo, em busca de uma vida diferente da que o esperava.

O Aleu esteve cá há cerca de cinco anos. Trouxe o meu tio Delfim, irmão da minha mãe, que ela não via há uns trinta anos, para passar uma semana em sua casa, em Lisboa.

Aproveitou também ele para rever a tia.

Falou, falou, falou… Cheio de ouro. Falava um português cheio de sotaque e regionalismos. Respirava sucesso. No fim, orgulhoso, deu-me o seu cartão de visita. Hilariante! Muito espalhafatoso! O seu nome, morada e telefones. Um desenho de um cacho de bananas, bem colorido a amarelo e em grande destaque: Atacadista de Bananas em Geral!

Estava com tanta vontade de rir sem parar que sabia que não poderia começar. Sorri e perguntei que raio de coisa era aquela. O primo explicou, que tinha uma empresa de armazenamento e distribuição de todo o tipo de banana (existem imensas subespécies deste fruto!).



Este sábado lembrei-me deste episódio. Acho que é um título excelente para por num anúncio, num jornal diário de grande tiragem, nas páginas de Convívio.

2 comentários:

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Chonina, tiene mucha gracia lo que escribes. Me he acordado, de pronto, de lo que he leído hoy mismo. Dice así: "La gente teme a la inteligencia. Pero si comprendiera lo que es verdaderamente temible, debería temblar ante la estupidez". Goethe.

Choninha disse...

Querida Anatema, Goethe tem mais que razão: a mim apavora-me muito a estupidez: é desgastante a limitação de algumas pessoas,... sentimo-nos impotentes, torna-se dificil fazer-nos entender; passar a mensagem que queremos,...

Beijo amiga