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quinta-feira, junho 01, 2006

Nos arquivos: a 13 de Outubro de 2005

Continuamos a saga do sacar dos arquivos a "roupa velha" aproveitar para receber de novo a luz do dia, por os "escritos" a arejar. Tenho andado a escrevinhar outras coisas e desinspirada para novos postes. Cá vai de novo:

Virtudes

O meu nome é Vitória das Virtudes. Só herdei o apelido da minha mãe porque sou filha de pai desconhecido. A minha mãe num arremesso de cogitação levada aos limites pensou ter finalmente chegado ao tão almejado progenitor e a modos que para comemorar me pôs o nome Vitória. Afinal o senhor Cândido da mercearia nada teve a ver com o assunto. Para mais confirmou-o com um atestado do seu médico de família onde se podia ler preto no branco que o infeliz era estéril.

Não havia volta a dar! Fiquei Vitória porque a minha mãe já se tinha habituado ao nome e acabei por ser registada apenas com Virtudes da parte materna. A minha progenitora ainda esteve para falar com o senhor Mário, das entregas de bilhas de gás butano, ou com o senhor Artur, do talho onde se abastecia, ou com o senhor Eugénio, vendedor ambulante de fruta, mas acabou por deixar as coisas como estavam porque poderiam ser ou não, o melhor era não arriscar mais.

O marido da minha mãe ficou tão confuso, confundido, como de resto sempre foi, que nem se apercebeu da coisa e dizia a todos que eu era a cara dele! Quando lhe perguntavam “atão a cachopa nã tem o teu ‘pelido?”, dava a resposta de minha mãe: “aqueles burros da inscrição das criaturas nascidas enganaram-se”...

3 comentários:

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

UN GRAN BESO AMIGA.

isabel mendes ferreira disse...

:) :) :)
adorei.



olá CRIANÇA.....obrigada. beijos.

BÓLICE disse...

Agora andas armada em Judite, na investigação?!?

ÉpÁ, post'a-pescada...
e não gastes mais palha
fazes a meita sair retrasada
e o VP ainda te ralha

quem assim gralha
é amigo que te valha

nÉ... intÉ