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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Desejo-te
















[Esta música é dedicada ao Joni-be-good-tonight-até à-exaustão, at last, I find it!]

O resto é realidade-ficcionada...

Tenho-me usado da pior forma possível, vagueio entre desejos e sonhos e ando sem coragem de te falar. Deveria. Dar-me-te. Até puderias dizer aquilo que espero; não gosto de mim quando me calo e fico assim, a fingir que sou eu. Tu sabes que não. Demasiada serenidade para um interior em ebulição, um fingimento que não combina com este desejo que me consome.



Quem puderemos ser quando não somos fiéis ao que sentimos? Porque escondemos o olhar quando pensamos que pode falar por nós? Abominamos a mentira e vivemos nela quando a verdade fica resguardada, trancada, em nós. E pior que resguardar, será trancar? Esquecer? Fingir? Puderiamos falar, mas o teu olhar faz-me mal, perco-me nele e deixo de ser. Tenho medo. De ti. De nós. De mim. Principalmente de mim, que já nem sei quem sou nem como sou. É possível ter medo de amar? É possível consumir o desejo e continuar a viver nesta semi-acalmia-desassossegada? Responde-me... Já só tenho perguntas...

5 comentários:

maria disse...

:)
É engraçado o quanto compreendo bem esta afirmação inicial... e também não gosto de mim quando me calo.

Quando não somos fiéis ao que sentimos somos, especialmente, infiéis a nós e, por isso, somos menos nós.
Não suportar a mentira e ter de andar com uma expressão dela colada às mãos e transpirada pelo olhar... uhm... pois é, às vezes quase se esquece essa verdade da mentira e vive-se como se tudo estivesse sempre no seu lugar. É o medo. Sim, o medo. O medo de mudar, de abanar tudo, de fazer ruir algumas fundações e não saber bem com que material dar início à reconstrução que se exige imediata. a Reconstrução de quem se é para ser melhor quem se deseja ser.
Se é possível ter medo de amar?... oh, se É! se é possível consumir o desejo?... também... mas é como um lume forte a quem roubam o oxigenio. morre com tudo por dar.
...
Como é que me atrevi a andar para aqui com frases sem pontos de interrogação? é que, as tuas perguntas, são as minhas...
:)

Aragana disse...

Fosgasse Choninhas!
É bem verdade que quem tem uma nitidez sobre a sua vida sabe mais que o outros.
Msa não sei, às vezes, se não preferia ser mais ignorante, sabes?

(isto hoje tá mau!)

"Abominamos a mentira e vivemos nela quando a verdade fica resguardada, trancada, em nós"
És grandi!

Gioconda disse...

Quem puderemos ser quando não somos fiéis ao que sentimos?

Há anos atras eu costumava usar uma frase que me parece poder resopnder a esta tua pergunta....

Somos jardineiros dum jardim onde apenas nos deixam plantar flores de plástico....

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Siempre nos hacemos esas preguntas. Siempre.

El tiempo, los años que van pasando nos ayudan a ser fieles a nosotros mismos. De ahí todas las respuestas.

Un beso amiga.

Mejor aún: besos mil.

Concha.,

BÓLICE disse...

iiiiiiiiiii... desculpa só agora aqui passar e... lol... já devia aqui ter passado nem que fosse só p'ra retribuir "lo Beso, esse... daquello... si Cariño"!

Mas já agora, porra... se amas assim o que fazes, porqu'É que não sais da toca e fazes sÉrio, esse Teu Dom Literado de saber expressar agradáveis momentos de aprendizagem... e não só (nÉ)! Expliquei-me bem? lol... sei lá, qu'sa'lixe... o que quer que seja, se for Teu e que Tu gostes, É p'ra mim um enorme "prazer", porque "gosto" É pouco, nÉ?

XuaC ó CHONAS, a mi mÉ gusta'tÉ... guapa! y'hast'tÉjá, yÔ, por sopuesto!

B)'