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segunda-feira, julho 25, 2005

Muitos pais-nossos e avés-marias depois...

A Adelaide, depois de muita repressão católica, descobriu a masturbação aos trinta e dois anos. Estava a tomar duche e demorou o chuveiro mais tempo numa zona de si que não conhecia. A seguir à dormência começou a sentir um prazer, com um quase desfalecer, sem o ser, que a fez interrogar e explorar mais o seu corpo.

Lembrou as aulas de biologia e saúde e recordou a pergunta da Sandra, que traduziu o seu pensamento, o que é o clitóris setora?, enquanto as outras riam cansadas de conhecer o prazer solitário.

Adelaide começou assim a descobrir o esquecido.

Muitas missas depois e um divórcio, ousou deitar-se toda nua na sua cama enorme vazia, agarrar num espelho e ver-se tocando-se...

Descobriu-se sem censura...

Finalmente sabia o que era aquilo do orgasmo, de que tanto toooooodoooooos falavam, e lamentava as mentiras que se disse todos esses anos em que esteve com Manuel.

Adelaide sentia-se uma mulher nova!

2 comentários:

Jorge disse...

Afinal o sub-consciente por vezes trás tanta surpresa à tona. É necessário assumirmos, sem vergonha, as pulsões de que somos alvos. De facto é irremediável reconhecer que somos humanos e como tal carne!
Uf!...,...

Choninha disse...

Sim, mas não carne para canhão... e nem toda a realidade escrita é a vida de quem a escreve.

A chóninha descobriu muito muitooooooooooooooooooooooo mais cedo este acto de prazer solitário, sem tabus, nada de especial, como todas as mulheres da sua (da chónas) geração...

Como foi? Não vamos misturar este rio, o meu rio, com o mar...

Beijinho amigo, sabe que esteve quase quase quase quase a ganhar a coleira para o gato que não tem?... Para a semana logo se vê... Não posso ser tendenciosa!